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A economia política da globalização e a América Latina

Analisa as grandes tendências e contradições do poder mundial no século XXI e as perspectivas de a América Latina afirmar sua soberania, promover a descolonização do poder interno de seus Estados e impulsionar a construção de uma ordem mundial multipolar que democratize as relações internacionais.  Para isso analisa as trajetórias da hegemonia estadunidense, a ascensão chinesa, a crise da união europeia, a financeirização no capitalismo central, a formação dos BRICs, e os processos sociais, econômicos e políticos na América Latina e suas sub-regiões (América do Sul, América Central, América do Norte e Caribe), destacando as formas que assume a integração na região. Este enfoque articula as teorias do sistema mundial e da dependência a dos ciclos/ondas de longuíssima, longa e média duração (sistêmicos, kondratievs e dos fluxos internacionais de capital sobre os países dependentes) para uma compreensão individualizada da conjuntura contemporânea.

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Pensamento social contra-hegemônico e/ou latino-americano

Analisa as principais correntes interpretativas do pensamento latino-americano e sua articulação com o pensamento contra-hegemônico mundial, a luz da conjuntura contemporânea mundial e latino-americana no século XXI. Abordam-se os pensamentos independentista, anti-imperialista, nacional-desenvolvimentista, as teorias da modernização, do colonialismo interno, da dependência, do sistema mundial, endogenistas, neo-desenvolvimentistas, neo-gramscianas, o pensamento neoliberal e o pós-colonial tomando-se como referência a promoção da soberania produtiva, financeira, cultural e militar, da democracia política e social, da equidade e da sustentabilidade ecológica.

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Estado, modelos políticos e padrões de desenvolvimento

Analisa a relação entre padrões de desenvolvimento e as formas políticas do Estado latino-americano e no mundo. Na América Latina analisa a crise do Estado nacional-desenvolvimentista estabelecida nos anos 1950-60; as experiências socialistas na região: os Estados de contra-insurgência adotados entre os anos 1960-80: a redemocratização liberal-conservadora nos anos 1980; a ofensiva neoliberal e sua crise em fins dos 1990; a reemergência do nacionalismo popular, o capitalismo de Estado e o socialismo do século XXI; a terceira via na América Latina; e a reconfiguração neoliberal.  Nos Estados Unidos e Europa Ocidental analisa os impactos políticos da finaceirização do capital, do fim do pacto keynesiano e da ascensão dos regimes neoliberais. Aborda ainda a emergência das potências territoriais, suas formas de governo, padrões e processos políticos.

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Crise da civilização capitalista, contra-hegemonia e civilização planetária

Analisa a decadência civilizatória do capitalismo no século XXI e a crise de legitimidade de sua visão de mundo que se expressa no protagonismo do Europa Ocidental e anglo-saxã sobre o Sul e o Oriente, da democracia burguesa e sistema inter-estatal sobre outras formas de Estado, do “homem branco” sobre outras etnias, do masculino sobre o feminino, da heteronormatividade sobre outras formas de expressão e da tecnologia sobre a natureza. Analisa ainda a reemergência de outras formas civilizatórias largamente destruídas pelo colonialismo e imperialismo europeus como parte da construção secular de uma civilização planetária, pós-capitalista, radicalmente democrática, plural, ecologicamente sustentável, cuja medida de riqueza é a diversidade.